Wednesday, December 17, 2008
Lutas contra o Coma

Morreu após 28 anos em coma
Dia 6 de Dezembro de 2008: morre Martha ‘Sunny’ von Bullow, há 28 anos em coma profundo. Este é, talvez, o caso mais famoso de um doente em estado de coma, com 2 julgamentos transmitidos na televisão. Herdeira da familia real, com uma fortuna estimada em cerca de 70 milhões de euros, entrou em coma após uma alegada tentativa de homicídio por parte do marido, o príncipe austríaco Claus von Bullow, por meio de uma overdose de insulina. Claus von Bullow acabou por ser ilibado de todas as acusações, tendo o tribunal chegado à conclusão de que o estado da princesa se deveu a uma overdose de medicação receitada. A história cativou o público, tendo sido transportada para o grande ecrã, no filme Reversal of Fortune, vencedor de um Óscar. Martha “Sunny” von Bullow ficou imortalizada no filme, mas o coma acabou por vencê-la 28 anos depois.
Lutas contra o Coma

30 anos depois...
Anne Shapiro, cananadiana, acordou do coma para um mundo que a deixou extremamente espantada. No dia em que John F. Kennedy foi assassinado, teve um ataque e entrou em coma. Acordou passados 30 anos, não reconhecendo a cara que estava do outro lado do espelho. Durante os 30 anos que esteve em coma, foi o marido que esteve do seu lado, deitando-lhe gotas nos olhos de duas em duas horas, ao longo dos anos em que esteve em coma. É um relato impressionante de alguém que “voltou dos mortos” e teve de reaprender o mundo.
Lutas contra o Coma

Acordou do coma 19 anos depois
Jan, polaco, descobriu que os quatro filhos que tinha antes de entrar em coma já eram casados e tinha 11 netos. Isto deve-se ao facto de Jan ter passado 19 anos em coma, tendo vencido o coma e voltado a viver. Desde então, preso ainda à cadeira de rodas, está a ser submetido a um programa de reabilitação motora para poder voltar a andar e falar fluentemente. Por enquanto, fica surpreendido de ver as pessoas falarem livremente na rua, criticarem tudo, pois quando “adormeceu” o comunismo não permitia nada disso.
Coma: "o fio da navalha"

Do grego koma, “estado de dormir”, consiste numa redução da actividade do cérebro para os níveis mínimos, que conduz a um modo semelhante ao do sono profundo, com a diferença de não ser possível acordar através de estimulos. O cérebro continua a funcionar, mas apenas a um nível básico. Isto leva a uma falência dos mecanismos de manutenção de consciência.
Não existe uma forma de tratamento nem de tirar o paciente do estado de coma. A única opção possível é tentar reduzir ao máximo futuras lesões cerebrais, para que o doente, se acordar, não fique num estado vegetativo devido à degradação das células. Para isso, é feita uma “aplicação de nutrientes através de tubos de alimentação, a utilização de máquinas de ventilação artificial, etc.”
“O coma pode ter várias causas, mas não existem distinções entre diferentes tipos de coma, pois a questão resume-se a estar ou não estar em coma”, afirma Luis Faria, médico de clínica geral. Existe uma escala, denominada Escala de Glasgow, onde os níveis de incapacidade mental são avaliados. São apresentadas diferentes situações em três parâmetros, com diferentes pontuações. Se a soma dos pontos for inferior a cinco, o paciente se encontra em coma.
A recuperação de uma pessoa no estado de coma varia conforme a gravidade da lesão sofrida. “Alguns casos não duram mais do que duas a quatro semanas, outros são irreversíveis. Alguns pacientes, quando saem do coma, entram no chamado estado vegetativo.” Nesse estado, a pessoa está acordada, pode realizar alguns pequenos movimentos, bocejos e resmungos, no entanto, não responde a qualquer estímulo interno ou externo, evidenciando a persistência da lesão cerebral. “No entanto, ainda que o paciente esteja com suas funções neurológicas prejudicadas, a participação e a atenção dos familiares no atendimento médico é muito importante. Tranquilidade, compreensão, auxílio e carinho são fundamentais para uma possível recuperação.”
A recuperação ou não do coma ou do estado vegetativo persistente depende da causa e da localização, severidade, e extensão da lesão neurológica: a evolução varia desde a recuperação até a morte. As pessoas podem emergir do coma com uma combinação de dificuldades físicas, intelectuais e psicológicas que necessitam de atenção especial.
A recuperação geralmente ocorre de forma gradual, com os pacientes adquirindo mais e mais capacidade de responder. Alguns pacientes jamais progridem além de algumas respostas muito básicas, mas muitos recuperam a consciência plena. Pacientes em recuperação do estado de coma requerem supervisão médica intensiva. Um estado de coma, regra geral, raramente dura mais do que 2 a 4 semanas. “Alguns pacientes podem recuperar um grau de consciência após o estado vegetativo persistente. Outros permanecem em estado vegetativo por anos ou mesmo décadas. A causa mais comum de morte de pacientes em estado vegetativo persistente é uma infecção, tal como uma pneumonia. Os pacientes estão constantemente a andar sobre o fio da navalha”.
Existe, no entanto, um tipo de coma que é responsável por salvar muitas vidas. “Trata-se do método clínico do coma induzido. Esse recurso é utilizado, normalmente, para permitir um melhor atendimento médico em determinados momentos da doença.”
Exemplos de Lutas contra o Coma:
Martha Sunny von Bullow
Jan
Anne Shappiro
Tuesday, December 16, 2008
Cheias em Veneza

O fenómeno, conhecido como “Acqua Alta”, deixou a cidade dos canais num caos. Poucos minutos após o aviso das sirenes, toda as ruas da cidade ficaram cobertas pelas águas do mar Adriático. As águas subiram 156 centímetros, valor mais alto dos 20 anos. As chuvas que fustigaram a cidade e fizeram subir o nível das águas do mar, afectaram grande parte do Norte de Itália. A situação agravou-se ainda com a paralisação dos “vaporetto”, os transportes públicos da cidade que fizeram greve e estiveram fora de circulação durante todo o dia, tendo sido alvo de várias críticas pelo Governador da província de Vêneto.”Gostaria de os condecorar com uma medalha pelo seu sentido de responsabilidade” afirmou, ironicamente, Giancaralo Galan.
A população foi aconselhada a ficar em casa enquanto era montado um sistema de passadiços em madeira sobre os passeios submersos.
Esta subida das águas deve-se à acumulação de sedimentos no fundo da lagoa e da subida do nível das águas do planeta.
Após anos de impasse, já foi iniciada a construção de um sistema de barragens móveis para controlar as enchentes do mar Adriático, que deverá estar concluído até 2012.
Artigos Relacionados:
Cheias em Veneza(vídeo)
Situação tende a piorar com os anos
Portugal também irá sofrer com a subida do nível das águas
Estudos sobre o impacto da subida do nível das águas:
PortCoast, impactos ambientais
Stern Review, impacto das mudanças ambientais na economia
Imagens das Cheias em Veneza
Cheias em Veneza foram as piores dos últimos 20 anos na cidade das Gôndolas.
Veja as imagens:
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