
Do grego koma, “estado de dormir”, consiste numa redução da actividade do cérebro para os níveis mínimos, que conduz a um modo semelhante ao do sono profundo, com a diferença de não ser possível acordar através de estimulos. O cérebro continua a funcionar, mas apenas a um nível básico. Isto leva a uma falência dos mecanismos de manutenção de consciência.
Não existe uma forma de tratamento nem de tirar o paciente do estado de coma. A única opção possível é tentar reduzir ao máximo futuras lesões cerebrais, para que o doente, se acordar, não fique num estado vegetativo devido à degradação das células. Para isso, é feita uma “aplicação de nutrientes através de tubos de alimentação, a utilização de máquinas de ventilação artificial, etc.”
“O coma pode ter várias causas, mas não existem distinções entre diferentes tipos de coma, pois a questão resume-se a estar ou não estar em coma”, afirma Luis Faria, médico de clínica geral. Existe uma escala, denominada Escala de Glasgow, onde os níveis de incapacidade mental são avaliados. São apresentadas diferentes situações em três parâmetros, com diferentes pontuações. Se a soma dos pontos for inferior a cinco, o paciente se encontra em coma.
A recuperação de uma pessoa no estado de coma varia conforme a gravidade da lesão sofrida. “Alguns casos não duram mais do que duas a quatro semanas, outros são irreversíveis. Alguns pacientes, quando saem do coma, entram no chamado estado vegetativo.” Nesse estado, a pessoa está acordada, pode realizar alguns pequenos movimentos, bocejos e resmungos, no entanto, não responde a qualquer estímulo interno ou externo, evidenciando a persistência da lesão cerebral. “No entanto, ainda que o paciente esteja com suas funções neurológicas prejudicadas, a participação e a atenção dos familiares no atendimento médico é muito importante. Tranquilidade, compreensão, auxílio e carinho são fundamentais para uma possível recuperação.”
A recuperação ou não do coma ou do estado vegetativo persistente depende da causa e da localização, severidade, e extensão da lesão neurológica: a evolução varia desde a recuperação até a morte. As pessoas podem emergir do coma com uma combinação de dificuldades físicas, intelectuais e psicológicas que necessitam de atenção especial.
A recuperação geralmente ocorre de forma gradual, com os pacientes adquirindo mais e mais capacidade de responder. Alguns pacientes jamais progridem além de algumas respostas muito básicas, mas muitos recuperam a consciência plena. Pacientes em recuperação do estado de coma requerem supervisão médica intensiva. Um estado de coma, regra geral, raramente dura mais do que 2 a 4 semanas. “Alguns pacientes podem recuperar um grau de consciência após o estado vegetativo persistente. Outros permanecem em estado vegetativo por anos ou mesmo décadas. A causa mais comum de morte de pacientes em estado vegetativo persistente é uma infecção, tal como uma pneumonia. Os pacientes estão constantemente a andar sobre o fio da navalha”.
Existe, no entanto, um tipo de coma que é responsável por salvar muitas vidas. “Trata-se do método clínico do coma induzido. Esse recurso é utilizado, normalmente, para permitir um melhor atendimento médico em determinados momentos da doença.”
Exemplos de Lutas contra o Coma:
Martha Sunny von Bullow
Jan
Anne Shappiro

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