João Carvalho: Como está a saúde em Vila do Conde?
Dr. Pacheco Ferreira: Pertencemos a uma área metropolitana em que os índices falam por si e são francamente positivos. Temos uma cobertura, ao nível das necessidades de saúde primárias, privilegiada. São poucos os utentes que não possuem médico de família. Isso é importantíssimo pois os cuidados de saúde primários são a questão básica em termos de saúde. Há uma proximidade com o utente e existem estratégias de rastreio de forma a não haver necessidade de cuidados mais avançados e custosos.
João Carvalho: O que é que falta melhorar?
Dr. Pacheco Ferreira: Existe uma pequena franja, nomeadamente ao nível das Caxinas, que ainda não possui médico de família. Quanto aos cuidados referenciados, mantemos uma linha em perfeito contacto entre Vila do Conde, Póvoa de Varzim e o Hospital Pedro Hispano, que não dá ainda uma resposta 100% eficaz, mas que irá evoluir nesse sentido.
Um tema que tem sido muito debatido e árduamente criticado é o encerramento dos serviços de urgência. O Hospital de Vila do Conde não fugiu à regra e viu as suas urgências serem fechadas no ínicio do mês de Novembro. Pacheco Ferreira indica que este processo já teria sido iniciado no passado, remetendo para a deslocação do serviço de obstetricia e Ginecologia de Vila do Conde para a unidade hospitalar da Póvoa de Varzim, “embora os dados, o número de recém nascidos, indicassem que os serviços deveriam ser centralizados em Vila do Conde”. Apesar de, na altura, se ter mantido o serviço de urgência de Vila do Conde, “com alguma capacidade de resposta”, o vice-presidente afirma que já há muito se sentia uma “ necessidade de centralizar os serviços de urgência, de forma a disponibilizar os melhores cuidados e uma maior capacidade de resposta”.
Ao nível da organização, relativamente a cirurgia e ortopedia que, desde há muitos anos, funcionam no hospital da Póvoa de Varzim, juntamente com a obstetricia e ginecologia, Pacheco Ferreira diz que a autarquia de Vila do Conde entendia ”que estava mal rentabilizada esta centralização”. Daí surgiu a preocupação, diz, em relação à resposta do serviço de saúde de Vila do Conde.
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